Lisistrata/ Pesquisa Teatral

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Manual do Ator - Atores usam seus próprios sentimentos.

Será que podemos usar nossos mesmos e velhos sentimentos em todos tipos de papel, de Hamlet a Sugar, em O pássaro Azul? E o que mais podemos fazer? Vocês esperam que um ator invente todo tipo de novas sensações, ou até mesmo uma nova alma, para cada papel que interpretar? Quantas almas tereia ele que abrigar? Pode ele desfazer-se de sua própria alma e substituí-la por outra, que alugou por ser mais adequada a um determinado papel? Onde podeia obtê-la? Podemos tomar emprestadas coisas de todos os tipos, mais é impossível apropriar-se dos sentimentos de outra pessoa. Meus sentimentos são inalienavelmente meus, assim como os seus só a vocês pertencem. Podemos compreender um papel, simpatizarmos-nos com a pessoa representada e colocarmos-nos em seu lugar, de modo a agir exatamente como ela agiria. Isso despertará, no ator, sentimentos análogos àqueles que são nescessários para o papel. Tais sentimentos não pertencerão à pessoa criada pelo autor da peça, mas sim ao próprio ator. Quando um verdadeiro artista repete o solilóquiio "ser ou não ser", de Hamlet, coloca nos versos uma grande parcela de sua própria concepção de vida. Para ele, é nescessário que os espectadores sintam sua afinidade com aquilo que está dizendo.
A escala musical tem apenas sete notas, e o espctro solar somente sete cores primárias, no entanto, na pintura e na música, respctivamente, as combinações dessas cores e notas são impossíveis de enumerar. O mesmo se pode dizer de nossas emoções fundamentais.

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